Nascimento: 1924 em Nova Cruz (RN);
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Depoimentos
José Flaminio
flaminio1951@hotmail.com
Qua, 02/06/2021 17:56
REGINALDO, 30 ANOS
Há exatamente 30 anos, dia 2 de junho de 1991, Deus chamou nosso pai, Reginaldo de Oliveira. Parece que foi ontem. Era um domingo ensolarado, quando saímos de Natal seguindo o carro funerário, para o levar à última morada, em Nova Cruz. Dona Nevinha, todos os filhos e netos, familiares. parentes e amigos cumpriram a dolorosa missão de sepultar um ente querido. Assim é a vida. O corpo vai, mas, a memória fica.
Não pode sair da nossa mente o esforço, a luta e a dedicação que ele desenvolveu para criar e educar 11 filhos, em uma cidade do interior, que à época só oferecia o curso ginasial.
Ele foi administrador de fazenda rural, logo quando casou, gerente da Lojas Paulistas e pequeno industrial, que durante alguns anos produziu o Café Cacique e outros produtos, entre os quais os procurados “santos de parede”, na sua ”Indústrias Reunidas São João”. Eu vivenciei essa fase, ainda de calças curtas. Panes frequentes no sistema motriz e a falta de financiamento para novos equipamentos, o fizeram migrar para outro ramo. Foi ser “vendedor de Pano”, na loja “A Nortista”, sucedendo no local a Durval e Evaldo Lisboa. Aí eu já contava uns 13 anos. Em 64 ajudei a arrumar as peças de tecidos nos locais mais altos da prateleira, temendo as águas do Rio Curimataú, naquela grande enchente.
Depois, decidiu estudar em Natal e juntamente com José Bezerra dos Anjos-Zezito, concluíram o Técnico em Contabilidade, na Escola Técnica de Comércio Visconde de Cayru. Montou um escritório e foi cuidar dos filhos, tarefa que terminou em Natal, depois de chefiar o escritório de Contabilidade da empresa “Nóbrega & Dantes, desenvolver atividades administrativas na Prefeitura de Nova Cruz e ajudar na formação de muitos conterrâneos, como professor nos ginásios “Comercial de Nova Cruz” e “Nestor Marinho”. E deu conta do recado.
Quem quiser saber a luta que ele empreendeu, ponha no mundo e vá educar apenas três filhos. A honestidade, a gratidão, a lealdade, a sinceridade, o respeito e a coragem para trabalhar ficaram escritas no quadro da minha memória. Esses predicados ele soube desenvolver e repassar. Cabe a nós nunca esquecer. Deus o tenha, meu querido Pai.
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