Nascimento: Araruna (PB)
Pais: Antônio Cleofas da Silva e Maria Queiroz Torres
Esposo: Aristides Porpino da Silva
Falecimento: Natal
Sepultamento: Nova Cruz
Centenária celebra data com amor à vida
Publicado: 00:00:00 - 22/11/2013
Atualizado: 21:06:21 - 21/11/2013- Repórter
Hoje, uma célebre personagem da história da vida celebra cem anos: a paraibana-potiguar Maria Iracema Torres Porpino Dantas. Ela é enaltecida pelos familiares por sua memória privilegiada, que perpassou por tantos ciclos da sociedade, resguardando suas convicções. Trocou o solo paraibano, pelo agreste potiguar; a juventude pacata na fazenda, pelo ensino europeizado da capital; o investimento comercial, pela dedicação à família. Em tudo, considera escolhas felizes. Mas de algo nunca abriu mão, e já no marco do centenário de sua trajetória, se destaca o gosto pela política, e constante atenção em estar atualizada nos acontecimentos. O que lhe rendeu influência nos bastidores da sociedade, com familiares políticos e jornalistas.
Cuidado com as crianças, afazeres de casa, contabilidade doméstica, foram quesitos estudados por Iracema na Escola Doméstica, em Natal, dos seus 15 aos 18 anos, matriculada junto com a sua irmã mais velha Joanita. Sua irmã mais nova, Terezinha, nasceu 17 anos depois e estudou na Escola das Neves. Iracema era reconhecida na instituição escolar pela sua personalidade extrovertida, como lembra Wenceslina Salustino, uma de suas colegas. O grupo de meninas constitui suas melhores lembranças da juventude, das quais recorda, além de Wenceslina, de Luizinha de Manoel Varela, Maria Vale, Aniole e Alice.
Ela foi levada à Escola Doméstica numa viagem de caminhão. Até então, Iracema estava habituada somente aos ares bucólicos. Ela morava com seus pais Tôto Jacinto e Maria Torres, na Fazenda Umbuzeira, região rural de Nova Cruz, desde os 13 anos de idade. A compra da fazenda foi o motivador para a mudança da família, que provinha da Paraíba, onde nasceu Iracema, numa região de clima ameno, sob a égide de Santa Cecília, na cidade de Araruna, no dia 22 de novembro de 1913.
Constituída ao longo do século, sua descendência se originou do seu primeiro e único casamento, que, para a época, foi relativamente tardio. Aristides Porpino conquistou os sentimentos de dona Iracema numa das sextas-feiras em que vistava a feira de São José de Campestre, município próximo a Nova Cruz. Após conversas e um curto tempo de namoro, se casaram. Iracema tinha 29 anos.
Depois do casório, ela chegou a abrir um armazém em Nova Cruz, mas abandonou o comércio depois da aposentadoria de seu marido. Retornando, então, às atividades domésticas e ao cuidado com as crianças da casa, prática de sua solteirice, quando colaborava nesses afazeres na casa de seus pais. Tidinho morreu em 1990, quando os cuidados tomaram o rumo inverso; dos filhos para Iracema.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/centenaria-celebra-data-com-amor-a-vida/267194
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