Arilda Tânia Cavalcanti Marinho de Medeiros (1936-2011)

 






Arilda Tânia Cavalcanti Marinho de Medeiros

Nascida em 31 de dezembro de 1937, em Natal.
Filha de Djalma Aranha Marinho e Celina Cavalcanti Marinho

1960: Nomeada para a Comarca de Parnamirim.
1965: Assumiu as funções do cargo de Sub-Procurador de Justiça, em substituição.
1976: Comarca de Caicó.
1978: 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal.
1979: 9º Promotor de Justiça da Comarca de Natal.

(Foto e texto transcrito do Memorial do Ministério Público do Rio Grande do Norte)

Tânia Marinho foi de uma turma de notáveis. De estudantes que ainda hoje representam a inteligência e a cultura do Rio Grande do Norte. Estudantes que fundaram e marcaram a história da Faculdade de Direito de Natal. Lembro os nomes dos poetas Berilo Wanderley, Sanderson Negreiros, jornalista Woden Madruga, escritor Francisco Fausto, com quem se casou.

O gosto pela leitura Tânia Marinho herdou do pai, o deputado Djalma Aranha Marinho.

Recusou ser desembargadora para acompanhar o marido Francisco Fausto Paula de Medeiros, que passou a residir em Brasília como juiz convocado para substituição de ministro no TST; e ministro togado do TST, a partir de novembro de 1989. Exerceu por dois mandatos a presidência da 3a Turma do TST. Presidiu o Tribunal Superior do Trabalho de
12.03.2002 a 12.04.2004.

Francisco Fausto é escritor, e começou sua vida pública ainda estudante como professor de Filosofia da Escola Normal de Natal e jornalista. Escreveu um dos três principais livros de memória da literatura brasileira, Viva Getúlio, As Areias Brancas da Memória. Fausto, que é membro da Academia Norteriograndense de Letras, está imortalizado ao lado de Joaquim Nabuco e Graciliano Ramos.

Fausto dedicou Viva Getúlio, “Elegia do cotidiano. Para Tânia”.

Tânia Marinho também escrevia. Deixou um livro de elegias inédito dedicado ao irmão Márcio.
Nunca desejou publicá-lo. No livro Amigo , biografia do deputado Márcio Marinho, o poeta Augusto Severo Neto transcreveu dois poemas excelentes. Que bem comprovam a rara beleza da poesia de Tânia.

Lembro-me, não do dever, mas do carinho da Promotora de Justiça (à época – 23-12- 1983), minutos antes da sentença por minha separação judicial, após onze anos de casamento. Tânia ajeitou o meu cabelo, tocou de leve em meu queixo e me afagou com essas palavras: “Você é uma pessoa de muita força, que seu novo destino seja sempre assim, digno e correto, como você”.

As palavras de Tânia Marinho ainda ressoam em meus ouvidos. Uma mulher de alma nobre, de gestos largos e de cujo olhar relembro a radiosa e resplendente luz.

Filha do grande homem público, Djalma Marinho, ex- Governador do RN, que deixou sua marca indelével, pela retidão, pela seriedade e pela grande humanidade.

Deus receba em seu Reino de Luz essa estrela que sempre foi boa e doce, que amou seu marido, seus filhos e netos, os amigos e tudo fez pela Justiça Brasileira!
Saudades minha querida, obrigada!

Parabéns ao céu!

Extraído de: https://jornaleirotalisandrade.wordpress.com/tag/arilda-tania-cavalcanti-marinho-de-medeiros/


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Pesquisador: Gustavo José Barbosa. Contato: gustavoufpb@outlook.com